Me sinto completamente comigo mesma e isso não significa que seja um bom momento.
Em meio a tudo o que acontece na minha vida, caio em muitos questionamentos sobre os sentimentos mais complexos que sinto, por exemplo, mesmo após o meu reconhecimento de quem sou, eu posso não estar bem comigo mesma? Cheguei nessa questão depois de alguns dias difíceis. Por dentro consigo ver tudo de forma clara, os sentimentos, pensamentos e principalmente a forma que tenho reagido às situações presentes. Está sendo difícil esbarrar com emoções e reações negativas como a raiva e a tristeza.
Tenho tentado me manter abraçada no momento onde essas coisas passam a ser sentidas mas reconheço que sou humana além do meu ideal.
Meditando sobre esses pensamentos vi novamente que se não fosse pela raiva e pela tristeza dificilmente iria conseguir crescer.
‘’Há algumas coisas sobre mim que venho ignorado há muito tempo. Tenho medo dessas coisas, mas é parte de quem eu sou. Contanto que eu conheça o formato da minha alma, ficarei bem.’’ - Hora de Aventuras
Pelo fato do meu reconhecimento ter se tornado fato, eu não posso negligenciar o meu sentir, principalmente os sentimentos e emoções negativas. No momento que me deparo com a negatividade, tenho de relembrar que a verdade sobre a raiva ou tristeza não deve ser aniquilado, mas sim compreendido e reavaliado.
—Para voltarmos a reconhecer o formato de nossas almas.
Sempre há algo em nós que negligenciamos e a vida não mede oportunidade de vermos isso, querendo ou não somos empurrados a evolução.
Citando Paulo Leminski, “esse querer de ser exatamente aquilo que a gente é, ainda vai nos levar além”
Logo depois de vermos o que temos dentro, sendo positivo ou negativo, estamos cientes de tudo o que agora nos compõem e agora podemos ter poder sobre o sentimento, dando espaço para sentir e avaliarmos se ele se mantem ou se trabalhamos na mudança. Devemos sempre ter em mente que em meio a tantos meios ainda sim existe um lugar dentro de nós que parte do silêncio e que dentro disso somos capazes de ouvir e ver sobre outra perspectiva a própria vida.